Dez causas para baixa libido masculina depois dos 40 e como tratá-las
"Meu marido sempre gostou muito de sexo. De uns tempos para cá, notei que ele tem me evitado, parece que está sem vontade nenhuma de transar. Estamos ambos com 50 anos, e achei que só as mulheres passariam por isso por causa da menopausa. Será que é falta de testosterona?" Já falei muito por aqui sobre a questão da diminuição da libido das mulheres depois de uma certa idade, mas essa mensagem que recebi pelo Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga) me chamou atenção para o quanto essa questão espinhosa pode afetar tanto homens quanto mulheres.
O que é libido?
Libido (que em latim quer dizer "anseio ou desejo") é a energia que temos para seguir os instintos de vida. O impulso, ou desejo sexual, que sentimos a partir de algum estímulo, seja visual, auditivo ou olfativo. E que depende de uma série de fatores emocionais, biológicos ou mesmo por fatores externos. "Em relação à libido masculina, existem alguns aspectos importantes que vão além da carga hormonal", diz a endocrinologista Vânia Assaly, especialista em medicina do Estilo de Vida. Ou seja, a questão não se resume a uma queda da testosterona que tem um declínio natural após os 40 anos. "A testosterona anda de mãos dadas com a dopamina, um neurotransmissor que para homens também é essencial", diz a médica. E há uma série de fatores podem afetar a atividade de toda essa química que acontece no cérebro para trazer esse impulso sexual. Vamos a alguns deles:
Depressão
Homens deprimidos podem experimentar uma redução de interesse pela vida como um todo, incluindo o sexo. Medicamentos usados para tratar a depressão também podem ter como efeito colateral a diminuição da libido. Nesse caso, é preciso discutir com o médico a opção de medicação que pode ter menos impacto nessa via (como por exemplo a bupropriona). Pode ser preciso trocar o medicamento ou ajustar a dose.
Medicamentos
Alguns medicamentos usados para doenças crônicas podem afetar a ereção e a ejaculação. Como medicamentos para a pressão alta, por exemplo. Outros remédios que podem afetar a libido são corticoides, opióides usados para a dor, antifúngicos e até mesmo medicamentos usados para o estômago. Portanto, quem faz uso desse tipo de medicamento deve conversar com o médico sobre esse efeito colateral para buscar uma solução.
Stress
Viver períodos de stress pode afetar o desejo sexual porque ele altera os níveis de hormônios. Sabemos o quanto é difícil evitar o stress, há o trabalho, problemas financeiros, relações familiares, até mesmo filhos pequenos podem ser gatilhos. Por isso é importante buscar maneiras de maneja-lo como for possível. Exercícios de respiração, meditação e até terapia podem ajudar nesse caso.
Falta de sono
Estudos mostram que dormir mal baixa os níveis de testosterona nos homens. Portanto, se seu caso for de insônia ou de poucas horas de sono por noite, vale a pena investir numa higiene do sono adequada para tentar dormir pelo menos oito horas por noite.
Testosterona em baixa
Sem dúvida o hormônio masculino, produzido pelos testículos e também pelas glândulas supra renais, tem um papel vital para o homem. A testosterona é responsável por construir músculos, estimular nossa capacidade de lutar (isso seria vital se a gente vivesse na natureza e tivesse que fugir de um leão, por exemplo). E, sim, também é um fator importante para o desejo sexual. A queda desse hormônio é normal com o envelhecimento. Mas vale a pena ser investigado pelo médico a por meio de exames se os níveis estão baixos. É possível fazer uma reposição hormonal, desde que acompanhada de perto por um especialista.
Doenças
Algumas doenças podem afetar a libido e a ereção, entre elas câncer, diabetes tipo 2, colesterol alto, obesidade e pressão alta. Por isso é importante entender que em alguns casos a libido pode voltar uma vez que a doença esteja sob controle.
Baixa autoestima
Falhar na hora H uma ou outra vez em momentos de vulnerabilidade pode fazer com que homens tenham sua autoestima afetada, fiquem ansiosos em relação ao ato sexual e acabem perdendo a libido. Sentir-se pouco confiante ou ter uma má autoimagem corporal também podem afetar o desejo. Vale a pena procurar ajudar de um terapeuta para tratar esse tipo de questão, que pode se tornar um círculo vicioso.
Excesso ou falta de atividade física
Além de riscos para a saúde como um todo, ter uma vida sedentária depois de uma certa idade pode levar a uma baixa na libido. Se exercitar regularmente ajuda a controlar doenças como pressão alta e diabetes tipo 2, além de obesidade, vilões do desejo sexual. A saída é se mexer sempre e encarar um programa de exercícios.
Por outro lado, treinos pesados e de longa duração em excesso também podem reduzir os níveis de libido. Portanto, o caminho é buscar o equilíbrio.
Excesso de álcool
Já falei aqui dos efeitos do álcool no nosso corpo depois dos 40. Pois saiba que, beber mais de 14 doses de bebida alcóolica por semana está também associado à redução de produção de testosterona. O consumo de álcool ao longo do tempo, conforme envelhecemos, afeta diretamente a vida sexual. A recomendação é moderação nos drinks.
Cigarro, maconha e outras drogas
Além do álcool, o cigarro a maconha e outras drogas também estão diretamente associados à redução da produção de testosterona e por consequência da redução da libido. Aliás, se você passou dos 45 e ainda está usando drogas, vale repensar tudo, não é mesmo?
O que fazer em geral
Estar saudável física e mentalmente é o primeiro passo para cuidar da libido, não é só pensar na testosterona. Não há porque não aproveitar a vida sexual muito depois dos 40 (não tenha expectativa de que terá a mesma quantidade de ereções que tinha aos 20, mas a vida sexual pode e deve seguir sendo uma grande fonte de prazer). Comece cuidando do stress, dormindo bem, fazendo atividade física e se alimentando de maneira saudável.
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