Ageless http://ageless.blogosfera.uol.com.br Silvia Ruiz é jornalista e trabalha com comunicação digital e PR Fri, 18 Sep 2020 12:49:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Mulheres Ageless: aos 56, ela virou modelo e estreou na semana de moda http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/18/mulheres-ageless-aos-56-ela-virou-modelo-e-estreou-na-semana-de-moda/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/18/mulheres-ageless-aos-56-ela-virou-modelo-e-estreou-na-semana-de-moda/#respond Fri, 18 Sep 2020 07:00:11 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=909

Reprodução/Instagram

“Se você estivesse no seu leito de morte, o que gostaria de ter realizado que não realizou ainda?”. Essa pergunta provocadora feita pelo terapeuta da cearense Vita Christoffel foi o pontapé para uma nova carreira há dois anos. A resposta dela: “Modelo. Eu gostaria de ter sido modelo.”

Pouco depois, lá estava ela encerrando o desfile do estilista Ronaldo Fraga na São Paulo Fashion Week de 2019. Detalhe: Vita debutou nas passarelas aos 56 anos. Ela é um exemplo do chamado “segundo ato” profissional, quando pessoas estreiam uma nova carreira após os 50 anos, que tem se tornado cada vez mais comum. Mas no caso dela é mais emblemático ainda, já que a carreira de modelo é associada a meninas muito jovens.

Hoje modelo da prestigiada Agência Ford, Vita teve o sonho de trabalhar com moda quando era jovem. Com 1,80m de altura, ela procurou um curso para ingressar na carreira ainda adolescente. Mas a gravidez inesperada do primeiro filho, hoje com 35 anos, interrompeu o plano precocemente.

Depois disso veio mais uma filha e uma carreira como produtora executiva internacional da área cultural. “Há alguns anos, a filha estudante de design começou a se aventurar na fotografia e pediu para me fotografar. Resolvi publicar as fotos num perfil no Instagram e isso me despertou o desejo novamente de trabalhar com a minha imagem, principalmente associada à ideia de longevidade”, diz Vita (se quiser conhecer nossos perfis no Instagram também: @vita50mais e @silviaruizmanga). A nova carreira fez Vita se mudar para São Paulo para ficar mais perto dos trabalhos do mundo da moda.

“Eu montei um propósito para mim de longevidade, de não ter medo da velhice. Estou chegando aos 58 melhor do que eu estava aos 50, porque me amo, me aceito. Quero descontruir essa coisa de ficar velha”, diz Vita.

Menopausa difícil

Vita conta que aos 50 anos a menopausa chegou causando estragos. “Tive endometriose nessa fase, passei o dia do meu aniversário de 50 anos fazendo uma cirurgia por conta disso. Eu fiquei muito mal”, conta ela.

A partir daí ela fez uma reposição hormonal e decidiu que cuidar do envelhecimento com saúde seria sua prioridade. “Sou budista e foi aí que raspei os cabelos e deixei crescer totalmente grisalhos. Foi uma transformação. Hoje vejo as fotos e estou muito melhor do que naquele tempo. Eu parecia mais velha.”

Beleza natural

Vita é adepta da beleza sem esforço e sem tentar parecer mais jovem, mas, sim, abraçando as marcas da idade. Assim como assumiu os cabelos brancos aos 50, não faz botox ou outras intervenções estéticas na pele. “Uso apenas óleo de licuri para hidratar e pele, um fruto típico do sertão do nordeste que é cheio de nutrientes. Também cuido muito bem da minha alimentação, isso há muitos anos.”

Ela conta que ganhou peso aos 50 anos durante e menopausa, mas que depois de uma reeducação alimentar conseguiu emagrecer e não engordar mais. “Não como açúcar, farinhas brancas nem álcool, sou bem natureba.”

Muito exercício físico

A disposição e bem-estar de Vita ela atribuiu em grande parte à atividade física que faz parte da sua rotina desde sempre. “Hoje faço uma hora e meia pelo menos três vezes por semana de uma combinação de exercícios de ioga, ballet e Kung Fu, atividades que fiz por muitos anos então faço minha própria rotina usando movimentos de todos eles.”

Budismo, respiração e liberdade

Cuidar da mente e do espírito também fazem parte dos cuidados que Vita tem com ela mesma. Budista, ela conta que cuida da mente com muitos exercícios de respiração. “Quando estou sozinha em casa eu gosto de apagar a luz, acender velas, ligar uma música e dançar com a minha sombra. É assim que eu trabalho minha conexão comigo, com a beleza.”

Ela diz que o mais importante é se manter “jovem por dentro”. “Eu tive a oportunidade de estar com Oscar Niemeyer em seu aniversário de 100 anos. Perguntei o segredo dele. A resposta foi: não podemos jamais perder nossos sonhos. Isso me marcou e virou meu lema de vida.”

Atualmente solteira, ela diz que o que mais preza hoje é sua liberdade. “Até mesmo para uma vida sexual, a coisa mais importante é a qualidade. Não vou trocar minha energia com qualquer um. O melhor é poder ter chegado até aqui com a liberdade de fazer o que quero.”

Viva a Vita!

Vita Christoffel na Semana de Moda encerrando o desfile de Ronaldo Fraga | Crédito: Zé Takahashi/Divulgação

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Anda esquecida e confusa? Podem ser os sintomas da menopausa chegando http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/11/anda-esquecida-e-confusa-podem-ser-os-sintomas-da-menopausa-chegando/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/11/anda-esquecida-e-confusa-podem-ser-os-sintomas-da-menopausa-chegando/#respond Fri, 11 Sep 2020 07:00:49 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=902

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Perco meus óculos pela casa umas dez vezes ao dia. Quando encontro os óculos, perco o celular, mas aí já não me lembro mais onde deixei a chave do carro… Se você já passou dos 45 e está se identificando comigo, saiba que não está sozinha. Falei sobre isso no Instagram esta semana e choveram mensagens de mulheres que estão passando pela mesma coisa (me siga lá também @silviaruizmanga).

Estudos mostram que cerca de 60% das mulheres na meia idade reportam dificuldades de memória, concentração e outras questões ligadas à cognição. Vivemos o chamado “brain fog” em inglês, que ilustra como se nosso cérebro estivesse envolto em um nevoeiro.

Essas questões ligadas ao cérebro tem um pico quando a gente entra na perimenopausa, o período que pode começar vários anos antes menopausa (declarada quando ficamos 12 meses consecutivos sem menstruar). Os sintomas mais conhecidos e falados dessa fase, como calores e ganho de peso, podem ser até menos incômodos do que essa confusão mental que nossa cabeça enfrenta. Conversei com a médica Vânia Assaly, endocrinologista e especialista em medicina do Estilo de Vida para entender o que se passa nesse nosso “menocérebro”.

Por que perdemos a memória e nos sentimos confusas?

Queda hormonal
O grande culpado desse impacto cerebral é o estrogênio, o hormônio feminino produzido nos ovários que entra em declínio na perimenopausa. “Nós, mulheres, temos uma perda hormonal mais precoce do que os homens. E o estrogênio tem um papel muito importante na vasodilatação, ou seja, na irrigação de sangue no cérebro. Com a queda dele, é como se a gente tivesse um jardim de flores no cérebro e uma mangueira que não chega até todas elas. Algumas vão morrer por falta de água”, diz a médica.

Os hormônios também ajudam na produção de neurotransmissores como a serotonina. Então, além da confusão mental, podem surgir desânimo, irritação, depressão, tudo que é controlado no nosso cérebro.

Falta de sono
A queda do estrogênio também afeta a qualidade do sono, e aí vira uma tempestade perfeita. Noites mal dormidas com irrigação ineficiente do cérebro é uma combinação mortal para nossa memória e capacidade de aprendizado e de cognição. A gente passa o dia se sentindo fora de órbita se não dorme direito, né?

Sobrecarga de emocional e de tarefas
Essa é certamente uma das fases mais desafiadoras da nossa vida em termos emocionais e de demandas diárias. Não estou nem falando da demanda profissional. Aqui entram mais os cuidados com filhos adolescentes, que são fonte de muita dor de cabeça, muitas vezes somados com os pais idosos que acabam ficando dependentes da gente. Casamentos mais antigos nessa fase também podem sofrer um abalo com tantas transformações físicas e emocionais. Essas demandas custam muito caro

Como melhorar os sintomas?

A primeira solução, e a mais usada, para quem não tem contraindicação, é fazer uma reposição hormonal, como já falei por aqui. A ideia é justamente repor os homônios que nosso corpo está deixando de produzir na quantidade suficiente para fazer nosso cérebro funcionar como deveria. “As mulheres pensam em reposição para cuidar da libido e da pele, mas a questão da proteção cerebral e cognitiva é muito relevante. E é importante começar cedo”, recomenda Vânia. Portanto, vale fazer um exame anual checando os níveis hormonais para verificar se entram em queda. Ou se começar a ter essa sensação de “nevoeiro cerebral”, não deixe de procurar um médico

Alimentação e exercícios são essenciais. A gente sempre volta para isso, né? Se você chegou até aqui e ainda não começou a cuidar melhor da dieta e se mexer, taí mais um motivo. A sua cabeça agradece. “A mulher tem grande tendência a acumular gordura na região abdominal nessa fase, e a obesidade vai piorar a questão cerebral. É preciso ter o colesterol, a insulina e a glicemia no sangue sob controle, já que tudo isso afeta o sistema”, diz Vânia. Ela recomenda tirar da dieta as frituras, o açúcar, alimentos refinados e reduzir os industrializados ao mínimo possível.

Cuide bem do sono, já dei dicas aqui de como ter um sono reparador se você estiver sofrendo com insônia também. Isso porque é durante o sono que nosso corpo faz uma espécie de “faxina” no cérebro.  O sistema glinfático é um sistema de drenagem com o qual o cérebro elimina os resíduos, e a ciência começa a estudar como isso ajuda a prevenir males como Alzheimer e demência. Portanto, dormir mal tem impactos muito sérios no médio e longo prazos.

Invista em caminhadas ao ar livre, vá para perto da natureza sempre que puder, coloque os pés na terra, faça meditação diariamente, ainda que por dez minutos.  Busque sensações de prazer (até o orgasmo tem um papel importante para proteger nossa mente). “O cérebro precisa estar conectado com essas sensações para funcionar plenamente. Estudos mostram que a meditação ajuda muito nesse processo também”, diz Vânia.

Bora cuidar da gente, porque envelhecer tudo bem, mas sem perder a cabeça, né?

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Dia do Sexo: como ter uma vida amorosa mais quente após os 40 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/04/dia-do-sexo-como-ter-uma-vida-amorosa-mais-quente-apos-os-40/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/09/04/dia-do-sexo-como-ter-uma-vida-amorosa-mais-quente-apos-os-40/#respond Fri, 04 Sep 2020 07:00:02 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=894

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A gente aprende desde cedo que sexo e juventude são duas coisas que nasceram para viver juntas. A mensagem é: aproveite enquanto dura, porque lá para uma certa idade a festa acaba. Será? Sexualidade tem prazo de validade? Quer dizer que quem chega aos 45, 50, 60 anos ou mais deveria deixar de vivenciar o que, no final do dia, é um dos pilares da saúde e do bem-estar?

Eu recebo muitas mensagens no meu perfil no Instagram (@silviaruizmanga) falando exatamente sobre isso, principalmente de mulheres próximas da menopausa. Elas se preocupam, sim, em manter uma vida sexual ativa na maturidade, mesmo com algumas transformações físicas que, inegavelmente, acontecem com todos nós nessa fase.

Por isso resolvi trazer esse tema muitas vezes espinhoso para cá, já que dia 6 de setembro é o Dia do Sexo (6/9, sacou a mensagem da data?). Conversei com a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, fundadora da Associação Brasileira de Sexualidade (ABS), sobre o assunto. Spoiler: sexo na maturidade pode, sim, ser o mais quente que você já teve na vida.

“Realmente uma série de mudanças físicas afetam homens e mulheres nessa fase, o que pode trazer alguns incômodos para a vida sexual, mas que podem ser contornados. Por outro lado, vejo mulheres, principalmente, vivendo os melhores anos da sua sexualidade justamente porque finalmente se sentem seguras para experimentar coisas novas. Não devem mais nada a ninguém e querem se sentir satisfeitas”, diz a especialista.

Mudanças físicas – A primeira coisa que a sexóloga recomenda é que se faça uma consulta com o médico para checar os hormônios que, em queda, podem reduzir a libido nessa fase (não apenas das mulheres). Nas mulheres, a baixa do estrogênio pode causar secura vaginal e dores na penetração. Mas para tudo isso há soluções. A reposição hormonal é uma delas, como já falei aqui. Ela pode ajudar muito nesta fase. “É preciso avaliar se há necessidade do uso de medicações ou de lubrificação específica para evitar dores, por exemplo”, diz Carla. Também é bem importante cuidar do sono e combater o estresse, dois inimigos mortais da sexualidade, inclusive em gente jovem (quem é que consegue pensar em sexo quando está cansado?).

Experimente um lubrificante – Assim como você investe em um bom hidratante para a pele, não há por que se envergonhar de sair da farmácia com um lubrificante (como o conhecido KY) na sacola. Ele pode ser seu grande aliado na cama, e inclusive apimentar a relação. Hoje existem até versões que esquentam as partes íntimas. Há também óvulos vaginais que podem ser receitados pelo ginecologista caso você precise. O importante é afastar a secura da sua vida sexual (reforçando: não há nada do que se envergonhar, é algo que acontece com quase todas as mulheres maduras).

Atividade física – O nosso corpo precisa se sentir “vivo” e em movimento para a gente pensar em sexo. Nesse caso a atividade física é fundamental. Se mexer não só trabalha nossos músculos e o corpo todo, como melhora a autoestima e faz nosso cérebro acordar para a libido. “Nada de viver jogado no sofá, o corpo tem que se sentir em movimento”, diz a psicóloga. Ela recomenda especialmente aulas de dança para quem não é muito fã da academia.

Experimente coisas novas – Eu fiz uma breve pesquisa no meu Instagram e me surpreendi com a quantidade de mulheres que responderam que jamais usaram um brinquedo erótico como um vibrador, por exemplo. Algumas porque tinham vergonha de comprar, outras têm medo de levar o tema para o parceiro (ou parceira) ou mesmo por falta de conhecimento. “Vale muito a pena experimentar coisas novas. O sexo se renova, o cérebro passa a ver o prazer como uma coisa nova”, explica Carla. Outras experiências podem incluir assistir filmes eróticos (sozinho ou a dois), experimentar sexo em um lugar novo (que tal uma noite romântica em um quarto de hotel?).

Fale sobre o assunto – Aí chegamos na parte que para muita gente é a mais difícil. “Tem mulheres que passam a vida toda não gostando da maneira que o homem mexe nos seios dela, por exemplo, mas nunca conseguiu falar”, diz a sexóloga. Casais mais antigos precisam sentar e conversar sobre o que está faltando. Com calma e longe do quarto. Faltam beijos? Abraços ao longo do dia, elogios sobre a aparência do outro? “É preciso conversar abertamente a dois: onde foi que a gente se perdeu? O que a gente fazia que a gente gostava e parou de fazer com o tempo? Essas são perguntas que os casais devem se responder juntos para trazer de volta o que ficou para trás.”

Conecte-se com seu parceiro/parceira – Se a o parceiro sexual for novo, tudo fica mais fácil, e Carla recomenda que o ideal é colocar na mesa (ou  melhor, na cama) logo de cara aquilo que você gosta, não espere para ganhar intimidade para vivenciar as coisas que têm vontade. Comece com o pé direito. “Quem se separou e encontra outro parceiro na maturidade muitas vezes vai viver coisas que jamais havia feito antes, é uma página em branco. Vale viver tudo que sempre teve vontade, colocar as fantasias para fora”.

Já para os relacionamentos mais antigos, é totalmente possível reanimar as coisas, mas é preciso entender que é um trabalho que o casal vai ter que fazer junto. Conversem a respeito, comecem a marcar hora (literalmente marcar na agenda) para momentos a dois. Quanto mais a gente faz sexo, mais nosso cérebro vai querer repetir a experiência. “Para quem está com a vida sexual meio morna, recomendo começar com uma massagem com gel ou óleos especiais que vão acionar os sentidos”, diz a especialista. Fale de sexo antes dele acontecer, mande mensagens eróticas, estimule seus sentidos. Assim seu cérebro começa a acordar novamente para o prazer. Depois é só relaxar e… aproveitar.

O fato é: sexo pode ser muito melhor quando a gente já está maduro para saber tudo o que gosta e o que não gosta, faz parte do processo de autoconhecimento que a gente ganha com a idade. Pode não ser na mesma quantidade da adolescência, mas certamente pode ter muito mais qualidade. Aproveite!

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Sexy, bonitas e poderosas: os segredos das francesas para envelhecer bem http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/28/sexy-bonitas-e-poderosas-os-segredos-das-francesas-para-envelhecer-bem/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/28/sexy-bonitas-e-poderosas-os-segredos-das-francesas-para-envelhecer-bem/#respond Fri, 28 Aug 2020 07:00:49 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=886

Juliette Binoche, no red carpet aos 56 anos (crédito: Theo Wargo/Getty Images)

Se é que existe algum segredo para envelhecer bem, as francesas devem saber qual é. Pelo menos é o que a gente imagina vendo mulheres francesas famosas como Catherine Deneuve, 76, Isabelle Huppert, 67, Juliette Binoche, 56 ou Vanessa Paradis, 47. Ou mesmo num passeio pelas ruas de Paris é fácil encontrar mulheres maduras comuns caminhando cheias de charme, com a postura ereta e passos firmes. Afinal, o que elas fazem para passar dos 45 tão lindas, elegantes e ainda por cima com um ar eternamente sexy?

Obviamente estou fazendo uma generalização, mas esta semana falei sobre esse jeito de envelhecer com charme e potência que as francesas têm numa live no Instagram (@silviaruizmanga) e recebi várias dicas de mulheres que já viveram em Paris com alguns “segredos” que descobriram por lá. Também conversei com uma velha amiga francesa, Soizick Le Gueniu (estudamos juntas há mais de 30 anos e ela acaba de chegar aos 50, como eu). Ela trabalha em uma gigante de cosméticos francesa e tentou me explicar, afinal, “o que é que a francesa tem.”

Estilo natural, sem esforço

Minha amiga Soizick me diz que o lema das francesas é parecer que acordaram lindas, sem esforço. “É considerado futilidade gastar mais tempo cuidando da beleza do que do intelecto”, diz ela. Mais ainda parecer que está tentando evitar o envelhecimento.

Elas abraçam a idade, mas tentam tirar o melhor dela. Por isso, tudo que elas fazem para se vestir, cuidar do corpo e da beleza é sempre mais de leve, sem os exageros que a gente vê por aqui nos preenchimentos labiais e nas bochechas, por exemplo. O jeito mais clássico ou básico para se vestir em qualquer idade também garante jovialidade, mesmo na maturidade. A ideia não é tentar parecer mais jovem, mas estar no seu melhor em qualquer idade.

Obsessão por não engordar

Soizick me conta que as francesas sofrem uma baita pressão social para não engordar jamais (o que, segundo ela, vem cada vez mais sendo contestado pelas novas gerações). Quando aumentam um ou dois quilos na balança, fazem dieta para voltar ao que eram.

Além disso, seguem uma dieta menos restritiva do que imaginamos, comendo de tudo um pouco. A culinária francesa é famosa por contar com alimentos frescos e servidos em pequenas quantidades (ao contrário da comida processada e do fast-food da dieta das americanas, por exemplo). É aquela velha máxima: quem come pouco, come de tudo um pouco.

Caminhar e se movimentar é estilo de vida

Desde muito jovens, as francesas caminham para todos os lugares. Paris ajuda, né? É uma cidade linda, segura e plana. Pedalar para o trabalho, fazer trilhas em montanhas nos finais de semana e nadar também são atividades bem comuns por lá. Já o estilo maromba, de frequentar academia, não é muito a pegada francesa.

Diversão sem limite de idade

Faz parte da cultura francesa não se limitar à idade para curtir a vida e lazer. Pistas de dança, bares e cafés sempre contam com pessoas com mais de 45 anos. É comum você ver casais de idosos curtindo uma garrafa de vinho num bistrô em Paris.

Celebrar a vida em qualquer tempo é manter-se vivo, né? Soizick me conta também que as mulheres mais velhas se permitem tomar um vinho e comer um chocolate em pequena quantidade. “Não vamos nos privar dessas coisas porque ficamos mais velhas, faz parte de curtir a vida”, diz ela.

Exercitar a disciplina é hábito

Aquela coisa de parar de comer antes de se empanturrar, se obrigar a fazer atividade física ou mesmo limpar a maquiagem antes de dormir são coisas que as francesas entendem como hábitos e não como penitência. Faz parte da cultura delas serem rígidas consigo mesmas (e com os filhos). “Eu estou aprendendo aos 50 anos a ser menos dura comigo mesma”, diz minha amiga.

Ser sexy e ter vida sexual

Ao contrário dos americanos e mesmo de nós, brasileiros, os franceses não são obcecados pela juventude. Por lá não se assume que a vida acaba depois dos 40, muito menos a vida amorosa. Basta repararmos quantos filmes franceses trazem casais maduros vivendo romances tórridos, que no cinema americano e nas novelas brasileiras só acontecem com os atores mais jovens.

Um filme francês da Netflix, MILF, por exemplo, mostra uma turma de amigas com mais de 40 que embarcam numa viagem de férias ao Sul da França onde acabam se relacionando com jovens de 20 e poucos anos. A atriz Axelle Laffont, que protagoniza a série, tem 50 anos e arrasa no sex appeal. Isso sem falar da maravilhosa primeira dama francesa, Brigitte Marie-Claude Macron, que tem 67 anos, 25 a mais do que o presidente Emmanuel Macron.

“Usar decote, minissaia e ser sexy não é algo incomum para uma mulher francesa de mais de 50, mas ela não tenta parecer mais jovem com isso, apenas ser ela mesma e ter liberdade para ser o que quiser”, diz Soizick. É sobre ser poderosa e livre, e não jovem para sempre.

Cuidados com a pele cedo e botox de leve

Cuidados de beleza na França é coisa de mãe para filha. Elas começam a usar skincare cedo, bem antes de as primeiras rugas chegarem. E tudo o que elas fazem é o mínimo (e sempre para parecer que não fizeram nada). Isso quer dizer que não fazem botox e preenchimentos, tão na moda deste lado do Atlântico?

“Fazem, sim, mas de leve, jamais contam que fizeram. Aqui pega mal parecer que você está lutando contra sua natureza, querer parecer o que não é”, diz minha amiga Soizick. “Muitas mulheres não contam nem para o marido.” A rotina de pele delas inclui sempre protetor solar a muita hidratação, elas entendem de cosméticos, aprendem sobre princípios ativos e sabem comprar poucos e bons produtos.

Na maquiagem, menos é mais

Sim, as francesas adoram maquiagem, mas o consenso, em qualquer idade, é que menos é melhor. Nada de “reboco” na cara para esconder imperfeições. Bases pesadas e de alta cobertura e os pós finalizadores tendem a enfatizar ainda mais as linhas e os poros. As francesas são adeptas do look mais natural na pele, com pouca cobertura, um blush leve para dar ar de saudável e gloss na boca e, no máximo, um pouco mais de marcação nos olhos, com lápis e rímel e uma sombra leve.

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Dez causas para baixa libido masculina depois dos 40 e como tratá-las http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/21/dez-causas-para-baixa-libido-masculina-depois-dos-40-e-como-trata-las/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/21/dez-causas-para-baixa-libido-masculina-depois-dos-40-e-como-trata-las/#respond Fri, 21 Aug 2020 07:00:48 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=879

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“Meu marido sempre gostou muito de sexo. De uns tempos para cá, notei que ele tem me evitado, parece que está sem vontade nenhuma de transar. Estamos ambos com 50 anos, e achei que só as mulheres passariam por isso por causa da menopausa. Será que é falta de testosterona?” Já falei muito por aqui sobre a questão da diminuição da libido das mulheres depois de uma certa idade, mas essa mensagem que recebi pelo Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga) me chamou atenção para o quanto essa questão espinhosa pode afetar tanto homens quanto mulheres.

O que é libido?

Libido (que em latim quer dizer “anseio ou desejo”) é a energia que temos para seguir os instintos de vida. O impulso, ou desejo sexual, que sentimos a partir de algum estímulo, seja visual, auditivo ou olfativo. E que depende de uma série de fatores emocionais, biológicos ou mesmo por fatores externos.  “Em relação à libido masculina, existem alguns aspectos importantes que vão além da carga hormonal”, diz a endocrinologista Vânia Assaly, especialista em medicina do Estilo de Vida. Ou seja, a questão não se resume a uma queda da testosterona que tem um declínio natural após os 40 anos. “A testosterona anda de mãos dadas com a dopamina, um neurotransmissor que para homens  também é essencial”, diz a médica. E há uma série de fatores podem afetar a atividade de toda essa química que acontece no cérebro para trazer esse impulso sexual. Vamos a alguns deles:

Depressão

Homens deprimidos podem experimentar uma redução de interesse pela vida como um todo, incluindo o sexo. Medicamentos usados para tratar a depressão também podem ter como efeito colateral a diminuição da libido. Nesse caso, é preciso discutir com o médico a opção de medicação que pode ter menos impacto nessa via (como por exemplo a bupropriona). Pode ser preciso trocar o medicamento ou ajustar a dose.

Medicamentos

Alguns medicamentos usados para doenças crônicas podem afetar a ereção e a ejaculação. Como medicamentos para a pressão alta, por exemplo. Outros remédios que podem afetar a libido são corticoides, opióides usados para a dor, antifúngicos e até mesmo medicamentos usados para o estômago. Portanto, quem faz uso desse tipo de medicamento deve conversar com o médico sobre esse efeito colateral para buscar uma solução.

Stress

Viver períodos de stress pode afetar o desejo sexual porque ele altera os níveis de hormônios. Sabemos o quanto é difícil evitar o stress, há o trabalho, problemas financeiros, relações familiares, até mesmo filhos pequenos podem ser gatilhos. Por isso é importante buscar maneiras de maneja-lo como for possível. Exercícios de respiração, meditação e até terapia podem ajudar nesse caso.

Falta de sono

Estudos mostram que dormir mal baixa os níveis de testosterona nos homens. Portanto, se seu caso for de insônia ou de poucas horas de sono por noite, vale a pena investir numa higiene do sono adequada para tentar dormir pelo menos oito horas por noite.

Testosterona em baixa

Sem dúvida o hormônio masculino, produzido pelos testículos e também pelas glândulas supra renais, tem um papel vital para o homem. A testosterona é responsável por construir músculos, estimular nossa capacidade de lutar (isso seria vital se a gente vivesse na natureza e tivesse que fugir de um leão, por exemplo). E, sim, também é um fator importante para o desejo sexual. A queda desse hormônio é normal com o envelhecimento. Mas vale a pena ser investigado pelo médico a por meio de exames se os níveis estão baixos. É possível fazer uma reposição hormonal, desde que acompanhada de perto por um especialista.

Doenças

Algumas doenças podem afetar a libido e a ereção, entre elas câncer, diabetes tipo 2, colesterol alto, obesidade e pressão alta. Por isso é importante entender que em alguns casos a libido pode voltar uma vez que a doença esteja sob controle.

Baixa autoestima

Falhar na hora H uma ou outra vez em momentos de vulnerabilidade pode fazer com que homens tenham sua autoestima afetada, fiquem ansiosos em relação ao ato sexual e acabem perdendo a libido. Sentir-se pouco confiante ou ter uma má autoimagem corporal também podem afetar o desejo. Vale a pena procurar ajudar de um terapeuta para tratar esse tipo de questão, que pode se tornar um círculo vicioso.

Excesso ou falta de atividade física

Além de riscos para a saúde como um todo, ter uma vida sedentária depois de uma certa idade pode levar a uma baixa na libido. Se exercitar regularmente ajuda a controlar doenças como pressão alta e diabetes tipo 2, além de obesidade, vilões do desejo sexual. A saída é se mexer sempre e encarar um programa de exercícios.

Por outro lado, treinos pesados e de longa duração em excesso também podem reduzir os níveis de libido. Portanto, o caminho é buscar o equilíbrio.

Excesso de álcool

Já falei aqui dos efeitos do álcool no nosso corpo depois dos 40. Pois saiba que, beber mais de 14 doses de bebida alcóolica por semana está também associado à redução de produção de testosterona.  O consumo de álcool ao longo do tempo, conforme envelhecemos, afeta diretamente a vida sexual. A recomendação é moderação nos drinks.

Cigarro, maconha e outras drogas

Além do álcool, o cigarro a maconha e outras drogas também estão diretamente associados à redução da produção de testosterona e por consequência da redução da libido. Aliás, se você passou dos 45 e ainda está usando drogas, vale repensar tudo, não é mesmo?

O que fazer em geral

Estar saudável física e mentalmente é o primeiro passo para cuidar da libido, não é só pensar na testosterona. Não há porque não aproveitar a vida sexual muito depois dos 40 (não tenha expectativa de que terá a mesma quantidade de ereções que tinha aos 20, mas a vida sexual pode e deve seguir sendo uma grande fonte de prazer). Comece cuidando do stress, dormindo bem, fazendo atividade física e se alimentando de maneira saudável.

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Conheça os segredos de beleza e bem-estar desta estilista de 75 anos http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/14/conheca-os-segredos-de-beleza-e-bem-estar-desta-estilista-de-75-anos/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/14/conheca-os-segredos-de-beleza-e-bem-estar-desta-estilista-de-75-anos/#respond Fri, 14 Aug 2020 07:00:42 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=872

Reprodução/Instagram/@normakamali

Esta semana eu postei no meu perfil no Instagram (já me segue lá também? @silviaruizmanga) uma foto da estilista americana Norma Kamali que é uma referência para mim de como as mulheres podem ser lindas, em forma e cheias de energia em qualquer idade, e houve uma comoção nos comentários: “Não é possível que ela tenha essa idade, deve estar errado!”; “Ah, mas ela deve ter feito muita plástica para estar assim”; “Só pode ser genética boa”.

Estilista de sucesso há 50 anos, Kamali de fato chegou aos 75 deslumbrante. Sucesso desde o início dos anos 80, introduzindo ombreiras em looks de suas coleções e vestindo estrelas da época como Farrah Fawcett e a supermodelo Linda Evangelista, a estilista segue sendo um ícone da moda e adorada por nomes como Beyoncé, Rihanna e Miley Cyrus. Ela foi, aliás, pioneira ao introduzir o conceito de estilo esportivo na moda, criando roupas confortáveis e fashion que hoje são a base do streetwear.

Mas, afinal, o que Kamali faz para estar tão bem, com a postura de uma mulher que desafia o conceito tradicional de idade? A verdade é que nada veio de graça (spoiler: não é pura genética). Muito antes de Gwyneth Paltrow colocar o estilo de vida saudável na moda, Norma já era uma guru wellness.

Frequentadora assídua da cena dos nightclubs de Londres e do lendário Studio 54 em Nova York nos anos 70 e amiga de figuras como os roqueiros Jimi Hendrix, Jeff Beck Jimmy Page do Led Zeppelin, Norma já contou em entrevistas que teve um estalo sobre a importância de cuidar da saúde quando a Aids matou dois amigos próximos em 1980.

A partir daí, ela conta ter ficado obcecada com práticas de wellness para tentar ficar saudável, já que até então não havia tratamento para a doença. Foi nessa época que ela começou a pesquisar por conta própria e a meditar, frequentar retiros com xamãs, tomar suco verde, seguir uma dieta macrobiótica e fazer exercícios considerados super esquisitos na época como pilates. Anos depois, abriu o Wellness Café no fundo de uma de suas lojas em Nova York em 2001. No ano passado, lançou uma linha de cuidados para a pele, a Normalife. Os produtos são baseados nos ingredientes naturais que ela afirma usar há anos como carvão ativado, cacau, jojoba e aloe vera.

Mas, afinal, qual o segredo da vitalidade da estilista? Segundo ela, seu estilo de vida saudável é baseado em três pilares: sono, dieta e exercícios.  E, na verdade, como você pode ver nas dicas dela abaixo, chegar aos 75 exige muita disciplina e mudanças no estilo de vida. Mas acho que vale a pena, né?

DIETA

Norma faz jejum intermitente de 16 a 18 horas por dia. E quando se alimenta é tudo bem saudável:

– Dieta plant based (já falei dela aqui). Ela come basicamente muitos vegetais temperados com cúrcuma, azeite e limão, frutas, castanhas e um pouco salmão como proteína (por ser rico em Omega 3)

– Norma cortou gradualmente carne, leite e derivados e açúcar da dieta

– Suco verde

– Tônico de gengibre e limão (ferva água e desligue o fogo e junte fatias finas de um limão e de 2 cm de gengibre e deixe por dez minutos e coe). Ela bebe esse tônico morno pela manhã e ao longo do dia

– Mingau de inhame com leite de aveia no café da manhã: bater o inhame cozido com leite de aveia com canela. Ela serve frio com frutas e castanhas por cima

– Azeite de oliva: consome pelo menos uma colher de sopa por dia

– Zero álcool: Norma diz que, para sua sorte, nunca gostou do sabor de bebida alcóolica

– Muita água em temperatura ambiente o dia todo

EXERCÍCIOS

Norma faz exercícios diariamente, pontualmente às 6h30 da manhã. Sua rotina inclui:

 – Ioga (ótima para alongar e cuidar da mente e relaxar)

– Physique 57: é uma espécie de aula de ballet na barra que utiliza pesos (ou seja, estamos falando de exercícios de força, como a musculação ou exercícios resistidos com pesos que a gente pode fazer em casa ou na academia)

– Método Gyrokinesis: criado por um bailarino, une diversos movimentos que trabalham a energia corporal unida à expansão

– Dança: além de ser divertido, a dança funciona como uma atividade cardiovascular e também trabalha muito alongamento

SONO

Norma diz que boa parte da sua disposição para a vida vem de noites bem dormidas. Meditação diariamente também a ajuda a relaxar antes de dormir.

Ela está na cama no máximo 21h e acorda em torno de 4h30 da manhã (desculpa, Norma, mas essa dica eu não tenho como adotar!). Mas ela tem toda razão: seguir o ritmo circadiano é um dos melhores truques para fazer nosso corpo funcionar melhor como um todo. A dica dela é transformar o quarto num pequeno paraíso zen, com travesseiros bons, luz baixa e um bom aroma. E nada de TV ou celular na cama.

ROTINA DE BELEZA

Ao contrário de muitas mulheres maduras que nos últimos anos vem adotando o look “rosto de almofada” com o excesso de preenchimento, Norma optou pelos tratamentos mais brandos. Ela atribiu sua beleza muito mais ao que faz dentro do corpo do que por fora. Faz botox eventualmente e afirma já ter testado vários tratamentos como o facelift vampiro (técnica já usada por Kim Kardashian e Luciana Gimenez) ou bioestimulação com plasma rico em plaquetas (PRP), em que o médico aplica sangue da própria paciente na pele (mas achou que além de doer muito, não viu muito resultado).

Mas o que ela gosta mesmo é de fazer acupuntura no rosto, algo que aprendeu com amigas chinesas. Norma inclusive escreveu um livro (Facing East) em parceria com seu acupunturista Jingduan Yang sobre tratamentos asiáticos de beleza e saúde.

E aí, se animou a seguir os passos da Norma?

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Aprenda como reduzir os sintomas da menopausa com exercícios específicos http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/07/aprenda-como-reduzir-os-sintomas-da-menopausa-com-exercicios-especificos/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/08/07/aprenda-como-reduzir-os-sintomas-da-menopausa-com-exercicios-especificos/#respond Fri, 07 Aug 2020 07:00:01 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=866

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Ondas de calor, insônia, falta de libido, fadiga, cansaço, alteração de humor, ansiedade, ganho de peso. A lista de sintomas que mulheres podem vivenciar na menopausa não é mole. Cada mulher vivencia essa fase de uma maneira diferente, mas, em geral, pelo menos um ou outro desses sintomas em maior ou menor intensidade todas nós acabamos tendo em algum momento. A pergunta que a gente mais se faz quando eles aparecem é: o que eu posso fazer para melhorar isso?

Existem vários protocolos para ajudar a reduzir esses sintomas indesejados. Já falei aqui de um dos principais, que é a reposição hormonal (mas nem toda mulher pode adotar o tratamento, que tem algumas contraindicações). A boa notícia é que você pode adotar um estilo de vida que vai te ajudar a lidar com eles muito melhor. E isso só depende de você.

“Os estudos mostram que as mulheres que tem hábitos mais saudáveis sofrem menos os sintomas da menopausa”, diz Bruna Oneda, educadora física e doutora em Saúde da Mulher pela USP, autora do livro “Climatério e Menopausa, Uma Visão Multidisciplinar”.  Nesse caso, a atividade física tem um papel fundamental. Mas não é qualquer exercício, existem atividades específicas que atuam mais diretamente em cada um dos sintomas

 

Ganho de peso

Essa é uma das queixas mais frequentas das mulheres nessa fase, é quase unanimidade. A culpa é do metabolismo que fica mais lento, fazendo com que a gente acumule mais da chamada gordura visceral (na barriga). Para piorar, as mudanças hormonais também fazem com que a gente perca massa magra (nossos músculos). Nesse caso, não adianta muito subir numa esteira e passar horas fazendo cardio como muita gente faz. O exercício certo para isso é com carga, musculação mesmo. Pode até ser um programa de exercícios feitos em casa, com o peso do próprio corpo, mas o ideal é que seja com sobrecarga (caneleiras, peso de mão, etc). Ganhar músculos faz nosso corpo consumir mais calorias. E assim aumentamos o metabolismo. De quebra ainda protegemos nossa massa óssea, já que um dos maiores riscos da pós menopausa é a osteoporose.

 

Insônia, ansiedade e dores

Não existe nada pior do que não dormir, isso é fato. Nesse caso, o exercício ideal é o aeróbio. Escolha o que você mais se adaptar, pode ser corrida, bicicleta, caminhada. Não precisa se matar na esteira: o exercício pode ser de intensidade moderada (quando você consegue conversar durante a atividade) por pelo menos 20 minutos e no mínimo três vezes na semana. Esses exercícios vão ainda ajudar na proteção cardiovascular, que é um dos riscos para mulheres maduras. “Fazer essas atividades também ajuda demais no sono e no humor”, diz Bruna.

Outro exercício importante para esses sintomas é o alongamento. Ele é muito deixado de lado pelas pessoas que acham que é perda de tempo porque não emagrece”, alerta Bruna. Mas o alongamento ajuda a reduzir dores articulares e musculares que muitas mulheres sentem também, além de ajudar no relaxamento, o que melhora o humor e o sono.

Outro tipo de exercício que a gente tem que incluir na rotina é o de equilíbrio. Atividades em um pé só, uso de bolas fit entre outros ajudam nosso corpo a manter o senso de equilíbrio que perdemos com o passar dos anos (e ninguém precisa chegar à idade avançada tendo quedas que poderiam ser evitadas).

Humor e Libido

Exercícios tem um impacto direto na nossa autoestima, que por sua vez tem tudo a ver com libido. “Quem faz exercícios se sente mais disposto também, e aqui estamos falando do conjunto deles, não de uma ou outra atividade específica.” Libido tem uma relação com os nossos hormônios, mas também de como nos sentimos, nossa disposição, e é nisso que o exercício atua.

 

Ondas de calor

“Em termos de estudos esse é o mais controverso de todos os sintomas, mas sabemos que o conjunto de exercícios, ajudam as mulheres a ter uma melhora nos fogachos”, diz a especialista.

 

Quanto fazer?

Você não precisa virar atleta para ter todos esses benefícios. “Mas é preciso entender que ficar só numa caminhada no final de semana não basta”, diz Bruna. Ela recomenda os exercícios aeróbios por pelo menos 20 minutos, ao menos três vezes na semana, os exercícios resistidos (musculação ou atividades com peso corporal mais pesos extra) duas vezes, e o alongamento e exercícios de equilíbrio incluídos em todos esses dias (dez minutos já ajudam).  

E Yoga e Pilates? Não valem? “São ótimas atividades, ainda assim devem ser vistos como atividades complementares para mulheres nessa fase. Um trabalho com cargas sim é fundamental”

Portanto, nada de ficar sem energia largada no sofá, isso só piora toda a situação. Bora suar para passar por essa menopausa de maneira mais suave! Nesta quarentena descobri o quanto é possível fazer todas essas atividades em casa, mesmo não frequentando a academia. Se quiser acompanhar minha rotina fit ou as lives do programa de exercícios para menopausa da Bruna, confiram nossos perfis no Instagram (@silviaruizmanga e @menopausa_fit).

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“Estou muito melhor hoje do que há dez anos”, diz influenciadora aos 50 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/31/estou-muito-melhor-hoje-do-que-ha-dez-anos-diz-influenciadora-aos-50/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/31/estou-muito-melhor-hoje-do-que-ha-dez-anos-diz-influenciadora-aos-50/#respond Fri, 31 Jul 2020 07:00:59 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=858

Crédito: Fabio Audi

Intercâmbio para aprender inglês nos EUA aos 46, um novo amor aos 49, influenciadora no Instagram aos quase 50. Se tem alguém que representa as perennials (uma nova geração que transcende os limites de idade e vive o tempo presente) é a gaúcha Patricia Parenza, que completa 50 anos em setembro. Comecei este espaço justamente para falar das transformações pelas quais nós mulheres dessa faixa etária estamos passando e uma das coisas que mais me deixam feliz é encontrar outras Ageless nessa jornada que amplificam essas vozes na internet e nas redes sociais.

Conheci a Patrícia pelo Instagram (sigam a gente por lá também @silviaruizmanga e @patparenza) e, entre trocas de dicas de beleza, moda e muitas gargalhadas pelos esquecimentos de nossas mentes recém impactadas pela aproximação da menopausa, batemos muitos papos sobre o que significa ter 50 anos hoje.

De modelo no final dos anos 80 a jornalista e apresentadora de telejornal nos anos 90, Patrícia se tornou empresária, apresentadora de programa de moda na TV e, finalmente, “comunicadora digital”  (influenciadora quase por acidente, já que o jeito honesto de falar na rede social  sobre a maturidade, suas delícias e também seus perrengues logo atraiu uma legião de seguidoras).

Você passou por um momento em que a passagem da idade bateu?

“O momento em que senti que estava mudando de fase na vida foi aos 46 anos, quando tive minha última menstruação para valer. Eu estava fazendo um intercâmbio nos EUA para aprender inglês e tive uma TPM terrível seguida da minha última menstruação. Fiquei muito descontrolada, tive crise de pânico, que até então era algo que havia tido, mas estava sob controle. Me deparei com algo diferente na vida. Foi aí que pensei: será que, agora que estou num momento bom da vida, vou ficar louca?”

E como você saiu dessa crise da chegada da menopausa?

“Procurei um médico, fiz exames e comecei a reposição hormonal, que mudou a minha vida. Levei uns seis meses para retomar a vida como era antes. Até hoje ainda sinto que tenho vez por outra algumas oscilações de humor, mas venho trabalhando isso comigo mesma, entendendo cada vez melhor como lidar com isso positivamente. É uma fase que a gente tem que encarar com serenidade.”

O que é para você ter quase 50 anos hoje?

“Para ser sincera, eu estou muito melhor hoje do que há dez anos. Porque estou mais confiante, não me incomodo mais por ter quadril largo e coxas grossas que eu passei a vida toda escondendo. É uma libertação a gente chegar nisso. A idade me trouxe essa calma. Sinto que somos mulheres bem diferentes de nossas mães nessa fase, mas falta a sociedade perceber isso. A gente ganha muita inteligência emocional, e isso é valioso.”

Você foi modelo, trabalhou num universo muito ligado à beleza e à moda. Como você lida com a vaidade na maturidade?

“Sem hipocrisia, quando olho no espelho, vejo que me falta colágeno, não é igual. Mas não pretendo me transformar em outra pessoa ou voltar no tempo, isso não é viável. Então eu me cuido e sou vaidosa dentro da realidade dessa fase da vida. Faço meu botox de vem em quando, uma aplicação com ácidos para renovar a pele na dermatologista, mas nada muito além disso.

Outra coisa que faz toda a diferença é cuidar do corpo. Eu me obrigo a fazer exercício pelo menos quatro vezes por semana, antes da pandemia estava fazendo musculação pesada na academia. Mesmo agora em casa me mantenho firme na esteira e tenho meus pesinhos, isso é fundamental para a gente não apenas para a saúde, mas para a autoestima.”

Você atraiu uma legião de seguidoras no Instagram, como é para você ser influenciadora aos quase 50?

“Já falava de moda no meu perfil no Instagram e comecei a falar sobre essa questão do envelhecimento. Na verdade, era como se estivesse falando para mim mesma. Para minha surpresa, essas mulheres passaram a me ouvir, foi chegando mais gente, criamos uma comunidade. Acho muito importante que a gente encontre outras mulheres como você também para trocar sobre essa fase da vida. Há ainda muitos tabus, muita coisa que não é dita, muito preconceito.”

Você encontrou um novo amor recentemente. Como tem sido esse relacionamento maduro?

“Depois de dois casamentos e um namoro, encontrei um amor em janeiro deste ano. Pela primeira vez me sinto segura, parceira, sem os jogos emocionais que acontecem muito nas relações quando a gente é mais jovem. Temos uma troca ótima, ele tem 57 anos. É diferente porque hoje a gente sabe exatamente o que quer, sabe se colocar para o outro sem cobranças. Olhando para trás vejo que isso era o que eu queria a vida toda, e que a maturidade me trouxe.”

Depois que terminei de escrever esse texto, soube que Patrícia foi diagnosticada com coronavírus. Então aproveito o espaço para desejar que você, Pat, que se recupere logo e volte a nos alegrar com seus posts divertidos e discussões tão importantes para nós, mulheres maduras. Saúde!

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Glicólico e retinoico: entenda como atuam os ácidos que renovam a pele http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/17/glicolico-e-retinoico-entenda-como-atuam-os-acidos-que-renovam-a-pele/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/17/glicolico-e-retinoico-entenda-como-atuam-os-acidos-que-renovam-a-pele/#respond Fri, 17 Jul 2020 07:00:56 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=837

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Se você já passou dos 50 anos como eu, provavelmente já cansou de ver de tempos em tempos surgir um novo ativo que toma conta de todos os rótulos de dermocosméticos da farmácia como a mais nova promessa para combater rugas, melhorar a textura da pele, salvar nosso rosto do envelhecimento (aliás, alguém ainda acredita nessa promessa?). Caviar, algas marinhas, cristais, tem de tudo. Mas o fato é que algumas das melhores substâncias que existem no mercado estão aí há muito tempo, venceram os modismos e realmente podem ser considerados aliados da nossa beleza. Dois deles são os ácidos glicólico e retinoico.

Quando me perguntam sobre minha rotina de cuidados com a pele no Instagram (me siga lá @silviaruizmanga) costumo dizer que, se tivesse que usar apenas três produtos na vida seriam: algum tipo de hidratante, protetor solar a ácido retinoico.

“De fato esses ácidos já são usados há muito tempo, começaram sendo manipulados com receita por dermatologistas e hoje já existem vários dermocosméticos prontos, mas com uma dosagem mais baixa do que via prescrição médica”, diz o dermatologista Gabriel Sampaio, membro-titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Ele explicou as diferenças entre os dois ácidos mais vistos nas prateleiras das drogarias, o glicólico e o retinoica. Claro que você pode comprar o que achar mais adequado para a sua pele, mas vale lembrar que a melhor recomendação específica para você só um dermatologista vai poder dar.

Ácido glicólico

Se você é seguidora de influenciadoras de beleza nas redes sociais, provavelmente já deve ter visto várias delas falando do “milagroso” ácido glicólico. O ativo ganhou fama nos últimos tempos principalmente por conta do tônico da marca canadense The Ordinary, que virou queridinho das influencers.

O glicólico é um alfa-hidroxiácido (AHA) que tem origem na cana-de-açúcar que é usado por dermatologistas desde os anos 80 em concentrações altas (acima de 10%) para promover uma esfoliação química (ou peeling). Essa esfoliação estimula a renovação e melhora a textura da pele. “Muitas mulheres acham que isso clareia a pele, mas na verdade esse efeito clareador se dá justamente pela renovação celular”, diz o médico.  

Já nos cremes que compramos para uso em casa, a concentração do ácido glicólico é mais baixa, entre 6 e 8%. Isso vai ajudar a deixar a pele mais hidratada, mas não provocar o efeito do peeling realizado num consultório. “O glicólico acaba sendo uma alternativa para aquelas peles que são mais sensíveis e ficam irritadas com o ácido retinoico, por exemplo”, explica Gabriel. 

Ácido retinoico e Retinol

Em 1913, pesquisadores da Universidade de Wisconsin e de Yale estudaram a vitamina A e detectaram que ela tinha o poder de reparar a pele. Depois disso, já na década de 80, o dermatologista americano Albert Kligman comprovou  a ação da tretinoína (outro nome para o retinoico) no tratamento do envelhecimento.  Kligman foi o inventor do medicamento Retin-A para o tratamento de acne, à base de tretinoína, que depois passou a ser usada contra o envelhecimento da pele causado pelo sol.

A  tretinoína é um derivado da vitamina A que conhecemos pelo nome de ácido retinoico. Você já deve ter visto muitos cremes por aí com a palavra “Retinol” no rótulo, que é a versão menos potente do ácido.

Além de provocar a renovação da pele assim como o ácido glicólico, o retinoico tem uma atuação maior na síntese de colágeno, tornando as fibras mais elásticas e dando mais firmeza e espessura à pele (não é isso que a gente quer?). “Nesse sentido ele age mais sobre as rugas que é o que as mulheres mais maduras procuram”, diz o dermatologista. Ou seja, por esse aspecto o retinoico faz mas sentido para nós, de pele madura, do que o glicólico.

O problema é que nem toda pele tolera o ácido retinoico, principalmente nas concentrações mais altas dos cremes manipulados com prescrição médica. Ele pode causar vermelhidão, irritação e descamação. Nesse caso, a alternativa é usar em concentrações mais baixas e/ou fazer uso em dias alternados, sempre à noite (não se deve sair ao sol com o ácido na pele). Outra maneira de reduzir a irritação é aplicar um hidratante antes do ácido, principalmente na região dos olhos. Sim, Gabriel diz que podemos usar para atenuar as ruguinhas embaixo dos olhos também, desde que sua pele tolere.

Eu mesma me dei bem com o retinoico usando inicialmente em dias alternados, e hoje uso diariamente sem problemas. Mas quando comecei a usar, por volta dos 30 anos, me lembro de ter descamação e ter que reduzir o uso para três vezes na semana.

Um alerta importante: independente do ácido que você for usar, não deixe de usar protetor solar durante o dia. Mesmo que a pele não fique vermelha, ela ficará mais sensível e poderá ficar manchada com a exposição ao sol, ainda que em dias nublados.

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Passou dos 40? Saiba por que você deve dar atenção à vitamina D http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/10/passou-dos-40-saiba-por-que-voce-deve-dar-atencao-a-vitamina-d/ http://ageless.blogosfera.uol.com.br/2020/07/10/passou-dos-40-saiba-por-que-voce-deve-dar-atencao-a-vitamina-d/#respond Fri, 10 Jul 2020 07:00:22 +0000 http://ageless.blogosfera.uol.com.br/?p=829

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Quando foi a última vez que você expôs uma boa parte da sua pele ao sol, sem protetor solar, por 20 minutos? Se você não se lembra, ou se faz algum tempo, há grandes chances de você estar entre a grande maioria dos brasileiros que apresentam falta de vitamina D. Segundo o IBGE, esse é um dos nutrientes dos quais a população brasileira mais apresenta carência.

Eu mesma já tive níveis baixos da vitamina D (apontados em exames de sangue). Nos últimos dias, falei sobre a suplementação que eu faço no Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga) e choveram perguntas sobre a dosagem, como tomar etc. Mas, antes de sair tomando por conta própria, vamos entender a importância dela, especialmente para quem passou dos 40 anos.

Conversei com a Vânia Assaly, endocrinologista, nutróloga e especialista em medicina do estilo de vida que explicou que, apesar do nome, a vitamina D, também conhecida como “vitamina do sol“, é na verdade um hormônio ativado no nosso corpo por meio da exposição à luz solar.

“Esse hormônio tem funções muito amplas no corpo. Antigamente, se achava que a função principal era regular o metabolismo do cálcio, controlando os níveis de cálcio e fósforo no corpo, facilitando a absorção desses minerais. Por isso, mulheres em fase de perimenopausa e menopausa precisam estar atentas ao nível de vitamina D circulante. O ideal para isso é fazer exame de sangue”, diz a médica. Alerta para quem vive ingerindo cálcio para cuidar dos ossos: sem vitamina D suficiente no corpo, você pode estar “jogando seu cálcio fora”.

Por que afinal temos tanta falta da vitamina D? “O Brasil é um país tropical, nós temos exposição solar, mas hoje, nos tornamos indivíduos indoor, com baixa exposição e perdemos essa regulação da síntese espontânea da vitamina D”, explica Vânia.

De fato, quem mora em centros urbanos e passa muito tempo fechado (ainda mais na quarentena), tem grandes chances de estar precisando de uma reposição. O mínimo necessário seriam 20 minutos diários de sol, com uma boa área de pele exposta, como as costas, por exemplo. sem uso de protetor solar e num horário que provoque uma mudança na cor da pele.

Quando suplementar

Hoje os estudos mostram que, além da atuar na parte de manutenção e reposição óssea, a vitamina D está presente em uma série de outros processos no nosso corpo como reguladora do crescimento, sistema  cardiovascular, músculos, metabolismo, insulina e até na função imunológica.

“Existem receptores de vitamina D nos linfócitos e sabemos que a imunidade fica mais reduzida se você tem deficiência de vitamina D. Por isso é importante estar atento nessa fase que estamos passando da pandemia”, alerta Vânia. Alguns trabalhos científicos também apontam o papel da vitamina D na redução de tumores e também no combate ao envelhecimento das artérias e na proteção cardíaca.

“Se nós temos deficiência de vitamina D e, por isso, perda do cálcio ósseo, esse cálcio vai para a circulação e aumenta o risco de hipertensão arterial.” Ou seja, motivos não faltam para a gente se cuidar em dobro depois de uma certa idade em relação a esse nível no nosso corpo.

E qual o nível ideal, afinal? Depende. Segundo Vânia, a interpretação atual é que deveríamos ter concentrações de ao menos 30 ng/mL de 25 hidroxivitamina D no sangue.

“Mas existe muita controvérsia em relação ao uso abusivo de suplementação e risco de calcificações renais, por isso é sempre importante ter um acompanhamento médico”, diz ela. “Para quem tem algumas doenças autoimunes, por exemplo, tem se visto benefícios de níveis mais altos, mas isso só pode ser direcionado de forma individualizada.”

Portanto, é preciso cuidado para que a tentativa de corrigir a carência não provoque uma situação de toxicidade. Segundo Vânia, se não for possível tomar sol diariamente como indicado, é possível fazer uma ingestão segura de até 7000 UI (unidades internacionais) por semana, exceto para quem tiver problemas renais (nesse caso é fundamental procurar ajuda médica). Mas o ideal mesmo é fazer um exame de sangue periodicamente para acompanhar seus níveis e ter uma suplementação personalizada. Bora tomar aquele sol na janela?

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