Mulheres ageless: ela foi de sedentária a atleta de ciclismo aos 47 anos
Toda vez que eu vejo os stories da produtora teatral Renata Alvim no Instagram (me siga lá também @silviaruizmanga) mostrando seus treinos de bike eu sinto uma pontinha de inveja. Primeiro porque eu não sei andar de bicicleta direito. Segundo porque sei que, há menos de três anos, essa paulistana de 49 anos que hoje pedala mais de 100 quilômetros em provas de ciclismo era sedentária, baladeira e "levantadora profissional" de copos de cerveja.
Assim como a grande maioria das pessoas "normais", Renata passou a vida entrando e saindo de academias e a rotina fitness não passava de um mês. "Sempre preferi ir para a farra, trabalhava feito louca, fumava e me alimentava super mal. Arrumava todas as desculpas para não fazer exercício. Era magra, mas não era nada saudável", conta ela. Responsável por grandes produções de teatro no Brasil como "O Fantasma da Ópera", "Wicked", "O Rei Leão" a produtora vivia uma rotina de estresse permanente, dormindo tarde e se alimentando de junk food.
Do sofá para a bike
A virada veio aos 47 anos. "Numa daquelas dezenas de tentativas de volta para a academia, estava num dia de cão, super estressada e resolvi entrar numa aula de spinning. Saí super relaxada, me sentindo bem. No dia seguinte, decidi contratar um personal para me ensinar a pedalar para valer na rua." Daí para a primeira prova foram apenas três meses de treinamento. Mas não foi qualquer prova, foi a do circuito da estrada de Cunha, cidade do interior de São Paulo, considerada uma das mais difíceis até para ciclistas experientes. "As pessoas falavam que eu era louca de estar indo fazer aquilo na minha idade", diz Renata. "No dia da prova consegui baixar meu tempo, terminei aqueles 54 quilômetros felizona e a partir daí fui viciando na bike." Hoje ela pedala todos os dias e já se prepara para várias competições no Brasil e no exterior em 2020. "Ainda vou subir no pódio!", diz ela.
Mudança de estilo de vida
Junto com o novo esporte veio toda uma mudança de estilo de vida e com isso os benefícios para a saúde e o bem-estar. "Até muito pouco tempo atrás eu só comia miojo e hambúrguer. Tive que mudar muito". Com ajuda de nutricionista e médico, a nova atleta adotou uma alimentação quase toda orgânica, passou a ir para a cozinha e fazer até o próprio pão.
Para dar conta da exigência das longas pedaladas, Renata ainda incluiu musculação, yoga e muay thai no pacote (as duas últimas para trazer "concentração" e "determinação" para enfrentar as muitas horas na bike). Hoje ela não passa um único dia sem atividade física. E levou até o marido para o ciclismo, que virou seu companheiro dos pedais.
Mais do que tudo, a melhor mudança foi a de cabeça. "Eu viva brigando com as pessoas, irritada, estressada. Me sinto outra pessoa hoje, com muito mais calma e foco."
Menopausa tranquila
Renata acredita que toda essa transformação tem ajudado a passar pela menopausa de forma tranquila. "Fiz um pouco de reposição hormonal no ano passado, mas agora meus exames ficaram ótimos e nem precisei continuar".
"Durmo super bem, me sinto ótima e com energia. Muitas amigas minhas tomam remédio para dormir, sei que pedalar está fazendo toda a diferença na minha vida."
Dia a dia
Toda essa vida de atleta não impede Renata de manter uma vida que inclui saídas para dançar com os amigos, Carnaval intenso pulando atrás dos blocos de Salvador e, sim, uns bons drinks também, porque ninguém é de ferro. "Claro que não bebo mais como antes, mas adoro, saio muito com amigos e sei que meu estilo de vida equilibra tudo no final".
Eu não pretendo virar atleta, mas uma coisa é certa: a Renata me inspira a não faltar à academia. Sempre que a vejo pedalando por mais de cinco horas via Instagram eu penso: se ela pode fazer isso, eu posso muito bem dar minha pedalada de meia hora sem reclamar! A verdade é que a gente não precisa chegar a esse extremo (a menos que te faça feliz), mas essa disciplina que praticar um esporte regularmente traz é realmente transformadora. #sóvai!
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