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Quatro tratamentos que eu já testei para rejuvenescer a pele  

Silvia Ruiz

26/04/2019 04h00

Recebo várias perguntas sobre tratamentos de pele que já fiz em mensagens no Instagram (me siga lá também: @silviaruizmanga). Eu gosto sempre de reforçar que beleza e bem-estar, antes de mais nada, vem de dentro. Isso para mim não é clichê, é fato. Depois de uma certa idade, tudo vai influenciar na aparência da pele: os nutrientes e antioxidantes que ingerimos na alimentação, sono em dia, ficar longe do cigarro (nem preciso dizer isso, né?), consumo de álcool com muita moderação, enfim, o estilo de vida como um todo. Se tudo isso estiver em dia, aí sim acho que também vale investir  em procedimentos estéticos para o que estiver incomodando.

Não serei hipócrita aqui e dizer que não sou vaidosa e que não me incomodo com as rugas que vão aparecendo. Mas minha prioridade na vida é minha saúde física e mental. E, também, como já disse aqui nas minhas primeiras postagens, não gosto e não uso o termo anti-aging. Sou a favor de cuidar da pele, de fazer o que estiver ao meu alcance (e dentro das possibilidades do meu bolso) para me sentir mais bonita, mas, sem pirar, sem exageros. E também sou a favor de ser transparente com quem me segue por aqui.

Sim, minha pele está razoavelmente boa para os meus quase 49 anos. Mas não é "porque a genética é boa", não. Já venho fazendo alguns procedimentos há alguns anos. Pesquiso muito antes de me arriscar em qualquer um deles, procuro profissionais super qualificados, pois morro de medo de ficar com aquela cara de "almofada" e de não me reconhecer no espelho. Tudo que fiz até aqui foi buscar tratamentos que ajudem a diminuir o ar de cansaço que a gente vai ficando com o passar do tempo nada além disso.

Hoje em dia os tratamentos mais modernos usados pelos dermatologistas quase sempre são protocolos que envolvem técnicas e a combinação de mais de um tipo de procedimento. Por exemplo, um para agir na flacidez da pele, outro para flacidez da musculatura ou ainda para melhorar a textura superficial ou clarear manchas, etc. Eu, por exemplo, já fiz quatro tipos diferentes. Vamos a eles:

MD Codes

Essa técnica de preenchimento foi desenvolvida pelo cirurgião plástico brasileiro Maurício de Maio. Mas não se trata daquele preenchimento mais superficial que gente muitas vezes vê por aí, que se feito em exagero deixa a pessoa com a cara do "Fofão". A técnica do brasileiro consiste em um preenchimento profundo, em pontos específicos da face que foram mapeados e onde a gente tem espécies de bolsinhas de gordura (os chamados coxins gordurosos), bem perto dos ossos. A gente vai perdendo essa gordura conforme envelhece e ela tem um papel fundamental na sustentação da pele. Eu, por exemplo, tenho o rosto super magro, então é pior ainda. A substância usada é o ácido hialurônico, que a gente já tem naturalmente na pele inclusive. No meu caso foram aplicadas nove ampolas do ácido (dependendo do caso, podem ser usadas mais de 20).

Não doeu nada na hora porque foi usada anestesia em forma de creme. Nos dias pós tratamento surgiram algumas manchinhas roxas, que sumiram em menos de uma semana. O resultado final você só vê depois de cerca de dois meses. Fiquei com o rosto mais cheinho, com ar mais saudável, e ao mesmo tempo não parece que fiz alguma coisa. "Eu costumo dizer que o resultado ideal do MD Codes é você receber elogios por estar bem, mais bonita e com ar descansada, mas ninguém percebe o que está diferente", diz a médica Fabiana Pietro, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A parte chata: o efeito "cinderela" dura cerca de dois anos. O preço do procedimento é a partir de R$ 3 mil, em média, de acordo com a quantidade de ácido que será utilizado.

Bioestimulador de colágeno

Eu não nasci com sorte para essa questão do colágeno. Tenho muita tendência à flacidez e isso é algo genético. Mas para dar uma ajuda para o meu corpo produzir esse tão amado elemento que dá sustentação à pele, recorro aos chamados biostimuladores de colágeno desde os 40 anos. Sintetizados a partir de substâncias como ácido poli-l-láctico (Sculptra) e hidroxiapatita de cálcio (Radiesse), ao serem injetados na pele, esses produtos provocam a reação dos fibroblastos, as células que produzem o colágeno. "O bioestimulador provoca a formação de colágeno e dá um

efeito lift bem natural na pele", explica dra. Fabiana. De fato, a minha pele fica mais esticadinha cerca de dois meses depois da aplicação (tempo que leva para o efeito aparecer). Eu venho fazendo a cada três anos, em média, quando senti que estava precisando novamente. Mas pode ser feito a cada dois anos. Preço: a partir de R$ 3 mil, em média (também vai depender da quantidade de produto aplicado, conforme o estado da pele de cada um).

Laser Fotona

Esse aparelho virou o queridinho do momento, mas na verdade ele é uma combinação de dois tipos de lasers, o ND Yag e o Erbium Yag, que já existem há alguns anos. Mas juntas, e com a utilização de diferentes ponteiras em uma única sessão, essas tecnologias atuam na flacidez profunda, além de melhorar o relevo, a textura e o contorno facial. "Em vinte anos de experiência com lasers, esse aparelho é o que vi os melhores resultados", diz Fernando Macedo, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo ele, o laser provoca um aquecimento da pele que promove a produção de colágeno. "A diferença é que o Fotona aquece de maneira bastante focada e com temperatura controlada por robô, em vez de aquecer de forma difusa como outros lasers", explica o médico.

A sessão é feita com anestésico em creme, e durante a aplicação a gente sente apenas um calorzinho, mas para mim foi bem suportável. Fiz três sessões em 2017, com intervalos mensais. E refiz recentemente. A gente já sente a pele mais esticadinha depois de cada sessão, mas o resultado final pode levar seis meses (de novo, é preciso dar tempo para o corpo produzir o colágeno que foi estimulado). E a pele também fica com os poros mais fechados, mais uniforme. É um efeito bem de lifting mesmo. O médico recomenda que se façam três sessões inicialmente, e depois de uma a três anualmente para manutenção do efeito. O preço: R$ 4 mil por sessão, em média.

Botox

A toxina botulínica é uma substância capaz de paralisar os músculos de uma determinada região. É sem dúvida o tratamento mais realizado nas clínicas dermatológicas no Brasil. Muitas mulheres hoje fazem aplicações mesmo antes dos 30 anos como prevenção para linhas de expressão. Honestamente, nunca foi uma coisa que me incomodou muito, tanto que só fiz o procedimento pela primeira vez aos 45 anos, e ainda assim com muita parcimônia. Faço na testa e no pescoço para prevenir aquelas linhas grossas verticais que vão se formando com o tempo (chamadas bandas platismais). Eu costumo fazer em média a cada seis meses. Os dermatologistas recomendam entre quatro e seis meses de intervalo. Preço: a partir de R$ 1500, em média.

Sobre Autora

Silvia Ruiz é jornalista e trabalha com comunicação digital e PR. Durante mais de 15 anos atuou na cobertura de saúde, bem-estar e estilo de vida. É apaixonada por alimentação natural, meditação e práticas holísticas. Mãe do Tom, do Gabriel e da Myra, tem bem mais de 40 anos e está tentando aprender a viver bem na própria pele em qualquer idade.

Sobre o blog

O que é envelhecer hoje? Este é um espaço com informações para a geração que tem mais de 40 e não abre mão de viver uma vida plena e, principalmente, saudável, independentemente da idade. Aqui não falamos em “anti-aging”, e, sim, em “healthy aging”. Dicas de alimentação, beleza, atividade física, carreira e estilo de vida para quem busca ser “ageless”.

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